Detalhe da Cédula |
Cecília Meireles é considerada uma das poetas mais importantes da literatura brasileira. A carioca atuou ainda como jornalista e professora, profissão pela qual tinha muito apreço. Além da carreira literária, o papel na educação também é lembrado. Cecília fundou a primeira biblioteca infantil do país e trabalhou na Rádio Ministério da Educação e Cultura quando já estava aposentada. “Romanceiro da Inconfidência”, “Viagem” e “Ou isto ou aquilo” são algumas obras que marcam a carreira da escritora, pela segunda, inclusive, Cecília ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. O Prêmio Machado de Assis foi concedido pelo conjunto da obra. Em 1989, o Banco Central decidiu homenagear essa talentosa escritora, graças à sua vasta obra. Veja o exemplar abaixo:
Reverso (acervo pessoal) |
Anverso (acervo pessoal) |
Descrição: a Cédula mostra em ser reverso o valor facial (100 Cruzeiros), o retrato de Cecília Meireles (1901-1964), tendo à esquerda, a reprodução de desenho de sua autoria, ao qual se sobrepõe em alguns versos manuscritos extraídos de seus "Cânticos". O reverso mostra a gravura, à esquerda, representa o universo da criança, suas fantasias e o momento da aprendizagem. O painel é completado, à direita, com a reprodução de desenhos feitos pela escritora, representativos de seus estudos e pesquisas sobre folclore, músicas e danças populares.
"Não fales as palavras dos homens.
Palavras com vida humana.
Que nascem, que crescem, que morrem.
Faze a tua palavra perfeita.
Dize somente coisas eternas.
Vive em todos os tempos
Pela tua voz.
Sê o que o ouvido nunca esquece.
Repete-te para sempre.
Em todos os corações.
Em todos os mundos."
Palavras com vida humana.
Que nascem, que crescem, que morrem.
Faze a tua palavra perfeita.
Dize somente coisas eternas.
Vive em todos os tempos
Pela tua voz.
Sê o que o ouvido nunca esquece.
Repete-te para sempre.
Em todos os corações.
Em todos os mundos."
Cântico XII - Não fales palavras aos homens.
Cecília Meireles |
Biografia: Grande nome da literatura brasileira, Cecília trabalhou também como professora, jornalista e pintora. Como professora, deu aulas no primário e, entre 1935 e 1938 na Universidade do Brasil, atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro. Chegou a dar aulas de Literatura e Cultura Brasileira também no exterior, na Universidade do Texas. Atua no “A Manhã” e na revista “Observador Econômico”. Como jornalista, escrevia principalmente sobre educação. Muito ligada ao tema, a escritora fundou a primeira biblioteca infantil do país. Mesmo depois de aposentada, Cecília trabalhou ainda na Rádio Ministério da Educação. Pelo conjunto da obra, ganhou o prêmio Machado de Assis em 1965 e o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras pelo livro “Viagem”. Cecília faleceu em sua cidade natal em 9 de novembro de 1964.