quarta-feira, 25 de maio de 2016

100 Cruzeiros (1989)

Detalhe da Cédula
Cecília Meireles é considerada uma das poetas mais importantes da literatura brasileira. A carioca atuou ainda como jornalista e professora, profissão pela qual tinha muito apreço. Além da carreira literária, o papel na educação também é lembrado. Cecília fundou a primeira biblioteca infantil do país e trabalhou na Rádio Ministério da Educação e Cultura quando já estava aposentada. “Romanceiro da Inconfidência”, “Viagem” e “Ou isto ou aquilo” são algumas obras que marcam a carreira da escritora, pela segunda, inclusive, Cecília ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. O Prêmio Machado de Assis foi concedido pelo conjunto da obra. Em 1989, o Banco Central decidiu homenagear essa talentosa escritora, graças à sua vasta obra. Veja o exemplar abaixo:

Reverso (acervo pessoal)
Anverso (acervo pessoal)

Descrição: a Cédula mostra em ser reverso o valor facial (100 Cruzeiros), o retrato de Cecília Meireles (1901-1964), tendo à esquerda, a reprodução de desenho de sua autoria, ao qual se sobrepõe em alguns versos manuscritos extraídos de seus "Cânticos". O reverso mostra a gravura, à esquerda, representa o universo da criança, suas fantasias e o momento da aprendizagem. O painel é completado, à direita, com a reprodução de desenhos feitos pela escritora, representativos de seus estudos e pesquisas sobre folclore, músicas e danças populares.

"Não fales as palavras dos homens. 
Palavras com vida humana. 
Que nascem, que crescem, que morrem. 
Faze a tua palavra perfeita. 
Dize somente coisas eternas. 
Vive em todos os tempos 
Pela tua voz. 
Sê o que o ouvido nunca esquece. 
Repete-te para sempre. 
Em todos os corações. 
Em todos os mundos." 

Cântico XII - Não fales palavras aos homens.

Cecília Meireles
Biografia: Grande nome da literatura brasileira, Cecília trabalhou também como professora, jornalista e pintora. Como professora, deu aulas no primário e, entre 1935 e 1938 na Universidade do Brasil, atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro. Chegou a dar aulas de Literatura e Cultura Brasileira também no exterior, na Universidade do Texas. Atua no “A Manhã” e na revista “Observador Econômico”. Como jornalista, escrevia principalmente sobre educação. Muito ligada ao tema, a escritora fundou a primeira biblioteca infantil do país. Mesmo depois de aposentada, Cecília trabalhou ainda na Rádio Ministério da Educação. Pelo conjunto da obra, ganhou o prêmio Machado de Assis em 1965 e o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras pelo livro “Viagem”.  Cecília faleceu em sua cidade natal em 9 de novembro de 1964.

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